quarta-feira, 22 de maio de 2013

ANÁLISE SOBRE ARTIGO


Artigo analisado: Contrações concêntricas antes do alongamento estático diminuem, mas não anulam, os déficits de força induzidos pelo alongamento.
O objetivo do artigo é analisar os efeitos das contrações concêntricas e do alongamento passivo na rigidez dos tendões dos músculos analisados e na produção de força. Dados importantes do estudo:

  •            Músculos analisados: tríceps sural e gastrocnêmio medial.
  •      18 voluntários saudáveis foram submetidos aos testes
  •           Torques musculares foram gravados por um dinamômetro isocinético   simultaneamente ao uso da EMG.
  •             Músculos foram analisados nos momentos ativo e passivo


Foram realizados dois testes: No primeiro “os sujeitos realizaram seis contrações concêntricas voluntárias máximas em rampa, com duração de 8s antes de repetição ambos os testes passivo e concêntrico”. Obtendo os seguintes resultados: O momento concêntrico foi significativamente reduzido assim como  a rigidez do tendão de Aquiles. No segundo teste “ Os sujeitos então realizaram três alongamentos estáticos do flexores plantares com duração de 60s, antes de serem retestados 2 e 30 min pós-alongamento”. O resultado encontrado foi uma redução adicional no momento articular concêntrico após o alongamento em 90% da ADM.

Como conclusão  do artigo temos que o alongamento isolado  ou quando precedido por contrações isométricas pode temporariamente (tempo menor que 30 segundos)reduzir a força dos flexores plantares e após 30 minutos ainda se pôde observar a redução de força. Reduções de força ocorrem quando contrações concêntricas precedem o alongamento, o que pode influenciar na performance e nos riscos de lesões. Ou seja, o artigo nos traz a ideia de que alongamento estático provoca diminuição de força muscular. Informação essa que vai ao encontro do que vimos em aula. Dois aspectos fisiológicos nós utilizaremos como base para “defender” a ideia trazida pelo artigo: RELAÇÃO TENSÃO-COMPRIMENTO MUSCULAR E VISCOSIDADE DO TECIDO.




De forma simplista podemos afirmar que o sarcômero quando se encontra em posições extremas perderá sua capacidade de formar pontes cruzadas e realizar a contração muscular. O alongamento estático leva o indivíduo a realizar movimentos com grandes amplitudes, fazendo com que o músculo permaneça com seus sarcômeros “estirados”, diminuindo assim a produção de força antes e durante o exercício a ser realizado. Comprimentos Intermediários: Representados no pico do gráfico mostram que essa é a distância ideal para gerar força  e consequentemente gerar as pontes cruzadas.

Outro fator que também influencia na atividade muscular é a chamada viscosidade do tecido muscular. O artigo nos traz que: “O aquecimento imposto aos sujeitos antes do alongamento parece influenciar fortemente as perdas de força induzidas pelo alongamento”. Relacionamos este fato com a viscosidade do músculo ter diminuido, pois o aquecimento imposto provocou diminuição da viscosidade do tecido e por consequência aumento da flexibilidade. Esse aumento da flexibilidade potencializou o alongamento, fazendo que a perda de força pelo alongamento fosse aumentada. Mas o que é viscosidade? Viscosidade é o índice de atrito que as moléculas de determinado meio aplicam entre si. Sabemos que quanto mais aquecido esse meio, menos atrito é gerado pelas moléculas. Logo: quanto mais aquecida a musculatura se encontra, menos viscosidade e mais flexível ela será .

A relação tensão-comprimento do sarcômero juntamente com a viscosidade do tecido, nos levam a acreditar que sim, alongamento pré exercício diminui produção de força. Mas o que sentimos falta no artigo foi a comparação dos testes com grupo controle, já que o estudo faz menção a diminuição da força, mas não cita em comparação a outro grupo.