domingo, 7 de abril de 2013

Consumo de O2 e concentração de lactato - Exercício Físico




... Consumo O2 & Exercício Físico.


Voltamos ao assunto de Consumo de oxigênio e exercício físico para completar nossas informações!  Então vamos relembrar:

  Partimos do princípio de que dada uma determinada carga de trabalho para o indivíduo (exemplo: velocidade de uma caminhada ou corrida) quanto MAIOR for o consumo de oxigênio do individuo mais eficiente é  a execução do exercício, OU SEJA, mais rápido o indivíduo é capaz de adaptar seu metabolismo àquela determinada carga de trabalho. ADAPTAÇÃO: o que acontece até que o individuo consiga se adaptar a demanda energética  do exercício? Vamos ver!

O teste retangular submete o individuo a uma carga fixa por um determinado tempo, e assim, é possível verificar como o consumo de oxigênio responde nessas circunstancias. Vamos exemplificar: Uma pessoa, correndo a 12 km/h é submetida a uma velocidade de  17 km/h por um dado intervalo de tempo.

 

Área Hachurada vermelha do gráfico: Déficit de Oxigênio.
Área Hachurada verde do gráfico: EPOC de oxigênio

POR QUÊ ELE OCORRE?  O consumo se oxigênio não responde instantaneamente a uma mudança de carga! Pois o organismo necessita de certo tempo para adequar sua atividade metabólica à nova demanda energética, que no nosso caso é o aumento de velocidade!

Quando atingimos o Déficit de Oxigênio? No início do exercício, quando sentimos aquele cansaço inicial e temos a sensação que não conseguiremos continuar... Todos já sentimos isso, não?! Pois é.. é nesse momento que nosso organismo entrou em déficit de oxigênio: é uma forma de nos adaptarmos a nova demanda energética. Então nos perguntamos...

Porque  conseguimos continuar com o exercício?

1º) Ao passo que entramos no déficit de oxigênio, outras vias são ativadas: Vias Anaeróbias “substituem” a reposição de O2, ou seja, a  concentração de Lactato, aumenta durante o déficit de oxigênio!

2º ) O déficit de oxigênio cessa, pois conseguimos estabilizar o sistema aeróbio, é o que chamamos de Segundo fôlego. Por isso, quando estivermos nos exercitando, devemos lembrar: Não devemos desistir quando sentimos aquele cansaço inicial... “É só esperar nosso organismo atingir o ‘Segundo Fôlego”!


 DÉFICIT DE OXIGÊNIO DEPENDE DO QUE?! São 3 as variáveis essenciais:

- Variação da CARGA imposta no exercício, a carga em que o indivíduo se encontra e  sua condição física! Como essas variáveis se relacionam?

 
E as linhas verdes do gráfico, EPOC (excesso de consumo de oxigênio pós exercício): o que representa? Exatamente o oposto da linha vermelha, representa o EXCESSO de oxigênio.  Assim como demoramos a adaptar nosso consumo de O2 quando aumentos a carga de nosso exercício, também é necessário um tempo para adaptar o consumo de O2 quando diminuímos essa carga, afinal de contas, como já dissemos antes: O consumo se oxigênio não responde instantaneamente a uma mudança de carga!


Depois de entendido o que significam os termos DÉFICIT DE OXIGÊNIO E EPOC, podemos chegar a uma conclusão: QUANTO MENORES ELES SÃO, MAIS BEM TREINADO AERÓBICAMENTE É O INDIVÍDUO!

  
Exercício Físico e Lactato


Anteriormente discutimos algumas relações entre oxigênio (VO2) e exercício físico. Resta-nos agora falar sobre outra fonte de energia: O Lactato.  Antes de qualquer coisa, vamos esclarecer alguns pontos.


O que é Lactato? “O lactato é um sal, derivado do ácido lático. Este, por sua vez, é um subproduto da quebra de glicose para obtenção de energia.”


Como é formado?  É formado a partir da quebra da glicose. GLICOSE -> 2 PIRUVATOS -> 2 LACTATOS

  
  Como se dá a concentração do lactato em comparação a um ‘trabalho’ exercido? Veremos um exemplo da cinética do lactato em teste de carga progressiva.




Limiar: são intensidades!


Áreas do gráfico:


·         Antes do 1º limiar:  é a área sub aeróbia (individuo submetido a intensidade baixa, intensidade claramente aeróbia/oxidativa).  Essa área está abaixo do estímulo necessário para gerar adaptações aeróbias.


·         Entre 1º limiar e 2º limiar: é a chamada área aeróbia,  onde ocorrerão adaptações em resposta à carga basicamente  aeróbias.  Quanto  mais próxima do 1º limiar, o individuo treina  Aerobio Extensivo: Aerobio de longa duração, que produz  adaptações metabólicas como: Aumento densidade mitocondrial, aumento de capilarização e aumento de atividade enzimática oxidativa.  Quando for mais próxima do 2º limiar, o individuo treina Aerobio Intensivo, onde serão produzidas  adaptações cardíacas que melhorarão a capacidade cardíaca do indivíduo.


·         2º limiar: Área anaeróbia. As adaptações em resposta à carga  serão anaeróbias: aumento de massa muscular, aumento da tolerância a acidose, aumento da capacidade tamponante do hidrogênio. 

  
Atenção! Não necessariamente por melhorar a função cardíaca o paciente cardiopata deve começar trabalho de força na área Aerobia Intensiva, pois se isso acontecer o paciente entrará rapidamente em fadiga periférica.  O correto é começar em intensidades baixas para gerar adaptações metabólicas que evitem a fadiga.


Sobre a cinética do lactato: Podemos dizer que é uma cinética única, ela ocorre do MESMO jeito em indivíduos atletas e indivíduos sedentários! O comportamento  da curva de concentração de lactato de comporta da mesma maneira.

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