... Consumo
O2 & Exercício Físico.
Voltamos ao assunto de Consumo de oxigênio e exercício
físico para completar nossas informações! Então vamos relembrar:
Partimos
do princípio de que dada uma determinada carga de trabalho para o indivíduo
(exemplo: velocidade de uma caminhada ou corrida) quanto MAIOR for o
consumo de oxigênio do individuo mais eficiente é a execução do exercício, OU SEJA,
mais rápido o indivíduo é capaz de adaptar seu metabolismo àquela determinada
carga de trabalho. ADAPTAÇÃO:
o que acontece até que o individuo consiga se adaptar a demanda
energética do exercício?
Vamos ver!
O teste retangular submete o individuo a uma carga fixa
por um determinado tempo, e assim, é possível verificar como o consumo de
oxigênio responde nessas circunstancias. Vamos exemplificar: Uma pessoa,
correndo a 12 km/h é submetida a uma velocidade de 17 km/h por um dado intervalo de tempo.
Área
Hachurada vermelha do gráfico: Déficit de Oxigênio.
Área
Hachurada verde do gráfico: EPOC de oxigênio
POR QUÊ ELE OCORRE? O
consumo se oxigênio não responde instantaneamente a uma mudança de carga! Pois
o organismo necessita de certo tempo para adequar sua atividade metabólica à
nova demanda energética, que no nosso caso é o aumento de velocidade!
Quando atingimos o Déficit de Oxigênio? No
início do exercício, quando sentimos aquele cansaço inicial e temos a sensação
que não conseguiremos continuar... Todos já sentimos isso, não?! Pois é.. é
nesse momento que nosso organismo entrou em déficit de oxigênio: é uma forma de
nos adaptarmos a nova demanda energética. Então nos perguntamos...
Porque conseguimos
continuar com o exercício?
1º) Ao passo que entramos no déficit de oxigênio, outras
vias são ativadas: Vias Anaeróbias “substituem” a reposição de O2, ou seja,
a concentração de Lactato,
aumenta durante o déficit de oxigênio!
2º ) O déficit de oxigênio cessa, pois conseguimos
estabilizar o sistema aeróbio, é o que chamamos de Segundo fôlego. Por isso,
quando estivermos nos exercitando, devemos lembrar: Não devemos desistir quando
sentimos aquele cansaço inicial... “É só esperar nosso organismo atingir o
‘Segundo Fôlego”!
O DÉFICIT
DE OXIGÊNIO DEPENDE DO QUE?! São 3 as variáveis essenciais:
- Variação da CARGA imposta no exercício, a carga em que
o indivíduo se encontra e sua
condição física! Como essas variáveis se relacionam?
E as linhas verdes do gráfico, EPOC (excesso de
consumo de oxigênio pós exercício): o que representa? Exatamente o oposto
da linha vermelha, representa o EXCESSO
de oxigênio. Assim como
demoramos a adaptar nosso consumo de O2 quando aumentos a carga de nosso
exercício, também é necessário um tempo para adaptar o consumo de O2 quando
diminuímos essa carga, afinal de contas, como já dissemos antes: O consumo se
oxigênio não responde instantaneamente a uma mudança de carga!
Depois de entendido o que significam os termos DÉFICIT DE
OXIGÊNIO E EPOC, podemos chegar a uma conclusão: QUANTO MENORES ELES SÃO, MAIS
BEM TREINADO AERÓBICAMENTE É O INDIVÍDUO!
Exercício Físico e Lactato
Anteriormente discutimos algumas relações entre oxigênio
(VO2) e exercício físico. Resta-nos agora falar sobre outra fonte de energia: O
Lactato. Antes de qualquer
coisa, vamos esclarecer alguns pontos.
O que é Lactato? “O
lactato é um sal, derivado do ácido lático. Este, por sua vez, é um subproduto
da quebra de glicose para obtenção de energia.”
Como é formado? É
formado a partir da quebra da glicose. GLICOSE -> 2 PIRUVATOS -> 2
LACTATOS
Como
se dá a concentração do lactato em comparação a um ‘trabalho’ exercido? Veremos
um exemplo da cinética do lactato em teste de carga progressiva.
Limiar: são intensidades!
· Antes do 1º limiar: é a área sub aeróbia (individuo
submetido a intensidade baixa, intensidade claramente aeróbia/oxidativa). Essa área está abaixo do estímulo
necessário para gerar adaptações aeróbias.
· Entre 1º limiar e 2º limiar: é a
chamada área aeróbia, onde
ocorrerão adaptações em resposta à carga basicamente aeróbias. Quanto mais próxima do 1º limiar, o
individuo treina Aerobio Extensivo:
Aerobio de longa duração, que produz adaptações
metabólicas como: Aumento densidade mitocondrial, aumento de capilarização e
aumento de atividade enzimática oxidativa. Quando for mais próxima do 2º limiar,
o individuo treina Aerobio Intensivo,
onde serão produzidas adaptações
cardíacas que melhorarão a capacidade cardíaca do indivíduo.
· 2º limiar: Área anaeróbia. As
adaptações em resposta à carga serão
anaeróbias: aumento de massa muscular, aumento da tolerância a acidose, aumento
da capacidade tamponante do hidrogênio.
Atenção! Não necessariamente por melhorar a função
cardíaca o paciente cardiopata deve começar trabalho de força na área Aerobia
Intensiva, pois se isso acontecer o paciente entrará rapidamente em fadiga
periférica. O correto é
começar em intensidades baixas para gerar adaptações metabólicas que evitem a
fadiga.
Sobre a cinética do lactato: Podemos dizer que é uma
cinética única, ela ocorre do MESMO jeito em indivíduos atletas e indivíduos sedentários!
O comportamento da curva de
concentração de lactato de comporta da mesma maneira.
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