terça-feira, 26 de março de 2013

MUITO ALÉM DO PESO




Seguindo o assunto da última postagem, apresentaremos aqui, uma visão menos técnica e mais crítica. Iremos agora refletir sobre o documentário: “Muito além do peso”, que aborda muitas visões polêmicas sobre a obesidade infantil. Questões presentes no documentário, extremamente pertinentes, que permeiam a vida de todos e nos fazem refletir sobre o que entendemos por saúde.


 Contextualização da “saúde”.

O documentário ‘atravessa’ diversas realidades econômicas e nos faz questionar: O quanto o nível econômico influencia no padrão alimentar das pessoas? Já que, mesmo nas populações mais humildes até as populações de nível econômico mais alto, os problemas relacionados à saúde alimentar são parecidos: Obesidade infantil, a falta de controle dos responsáveis e a falta de mobilidade das crianças devido a ‘globalização’ da tecnologia acoplada a facilidade de acesso a jogos eletrônicos, computadores e televisão. Talvez a resposta esteja bem diante dos nossos olhos, ouvidos e mente: A mídia. Não há como negar, que a propaganda é um meio de divulgação amplamente democrático. Atinge a todos, independente de nível econômico, localização, cultura e cor.


 Como fugir dos padrões  que alienam nossos pequenos jovens? Como lutar contra um mundo de facilidades ou contra uma nova geração que tende ao sedentarismo perpétuo?


Aqui vão algumas dúvidas que certamente passam pela cabeça de todos nós:
  • Como ser saudável, vivendo em uma cultura na qual a alimentação saudável  perde lugar nas prateleiras de supermercado, nos restaurantes e na rotina das pessoas?
  •  Como introduzir a importância de uma vida saudável para as crianças se muitas delas não possuem espaço físico e estimulo dentro da própria escola?
  •  A quem devemos educar: Pais? Filhos? Consumidores?
  • Afinal, estamos falando de saúde, de economia ou de política?

Mesmo parecendo ser uma alternativa um tanto quanto utópica, a EDUCAÇÃO E A
POLÍTICA são as  grandes ferramentas transformadoras quando pensamos em
padrões alimentares e HÁBITOS alimentares! A questão da obesidade infantil vai
muito além d peso...



OBESIDADE INFANTIL SOB O OLHAR DA FISIOTERAPIA


Como futuros fisioterapeutas, é impossível pensar em obesidade infantil e não pensar em uma intervenção que objetive principalmente por duas questões: O desenvolvimento psicomotor e a qualidade de vida.


- Desenvolvimento psicomotor: O documentário nos traz dados  alarmantes, como: “56% dos bebês tomam refrigerante antes do 1º ano de vida”.  Sim, PRIMEIRO ANO DE VIDA! O ano em que a criança passa pelas maiores transformações motoras (desde a segurança de tronco até o primeiro passo), fase em que o metabolismo trabalha aceleradamente. Será que como futuros fisioterapeutas, podemos simplesmente ignorar a cultura alimentar dessa criança?! Fatores sociais como a exclusão, a depressão e a desmotivação não podem ser ignoradas.

- Qualidade de vida: Talvez o principal foco da fisioterapia seja trabalhar as questões relacionadas a qualidade de vida dos crianças com obesidade. Precisamos intervir de forma corretiva, nas alterações biomecânicas da marcha da criança (afetas pelo sobrepeso), na capacidade cardiorrespiratória (muitas vezes comprometida), mas principalmente, intervir de forma EDUCATIVA, desempenhando, além de tudo, o papel de agente de saúde. Afinal de contas, O PROBLEMA DA OBESIDADE INFANTIL VAI MUITO ALÉM DA ALIMENTAÇÃO.


Segue aqui, o link de um artigo, que pode nos ajudar a entender melhor, as questões referentes a qualidade de vida das crianças obesas: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n2/a14v56n2.pdf 


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