quinta-feira, 11 de julho de 2013

Análise do seminário

Análise do seminário “Association of physical activity with vascular endothelial function and intima-media thickness – A longitudinal study in adolescents” (Katja Pahkala, Olli J. Heinonen, Olli Simell, Jorma S.A. Viikari, Tapani Ronnemaa, Harri Niinikoski e Olli T. Raitakari, 2011)

Decidimos por escolher essa apresentação para escrever a análise, pois achamos muito próximo com o que viemos estudando na cadeira de Fisiologia do Exercício. Estudamos o processo de formação do ateroma (que resumidamente é a formação de uma placa de gordura abaixo do endotélio devido ao acumulo de LDL, causando disfunção endotelial) e que esse processo gera a doença aterosclerose. O dano da função vasodilatadora endotelial e o aumento da camada intíma-média (IMT) arterial estão associados com a doença aterosclerose e foi o foco de estudo desse artigo, envolvendo adolescentes e atividade física no tempo livre. Achamos interessante como o artigo trouxe a avaliação arterial. Segundo o artigo, a dilatação da artéria braquial mediada pelo fluxo (FMD), é amplamente utilizado como marcador da função endotelial. Estudamos em Fisiologia do Exercício, que o endotélio, quando induzido, produz um fator de relaxamento da musculatura lisa vascular, chamado fator relaxante derivado do endotélio, ocorrendo então a vasodilatação.
Esse estudo trouxe como diferencial a avaliação da aorta abdominal, no lugar da carótida. A artéria carótida tem sido alvo de avaliação para mudanças iniciais estruturais, porém estudos têm mostrado que as primeiras alterações morfologias na parede arterial surgem na aorta abdominal (McGill, McMahan, Herderick et al., 2000).
Já se sabe que a atividade física melhora a função endotelial em adultos e neutraliza a perda da função vasodilatadora. As crianças também são beneficiadas pelo exercício. Esse estudo procurou então mostrar que a atividade física no tempo livre tem um efeito favorável sobre a função endotelial e na progressão da IMT da aorta em adolescentes saudáveis. Achamos interessante a metodologia utilizada para avaliar esses adolescentes, tanto pela quantidade quanto pelo tempo. Pois foram estudados quase 500 adolescentes aos 13, 15 e depois as 17 anos (com intervalo de dois anos).
Como resultados, em relação a IMT aórtica, houve uma diminuição na progressão da IMT, para aqueles que aumentaram sua atividade de tempo livre. Houve uma manutenção para aqueles que se mantiveram ativos. Houve um aumento par aqueles que tiveram sua atividade de tempo livre diminuída e um aumento para aqueles que se mantiveram sedentários.

Em relação a FMD, houve um aumento da função endotelial para aqueles que tiveram sua atividade de tempo livre aumentada. Houve uma diminuição para aqueles que se mantiveram sedentários, e um aumento (menos significativo) para aqueles que permaneceram ativos e que tiveram sua atividade de tempo livre diminuída.

Como conclusão, então, segundo o artigo, atividade física é favoravelmente associado com a função endotelial e IMT em adolescentes. É importante ressaltar que um aumento moderado da atividade física está relacionado com a diminuição da progressão da IMT. Um estilo de vida fisicamente ativo parece impedir o desenvolvimento de alterações vasculares aterosclerose subclínica em adolescentes saudáveis.

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