Análise do
seminário “Association of physical activity with vascular endothelial
function and intima-media thickness – A longitudinal study in adolescents” (Katja Pahkala, Olli J.
Heinonen, Olli Simell, Jorma S.A. Viikari, Tapani Ronnemaa, Harri Niinikoski e
Olli T. Raitakari, 2011)
Decidimos por escolher essa apresentação para
escrever a análise, pois achamos muito próximo com o que viemos estudando na
cadeira de Fisiologia do Exercício. Estudamos o processo de formação do ateroma
(que resumidamente é a formação de uma placa de gordura abaixo do endotélio
devido ao acumulo de LDL, causando disfunção endotelial) e que esse processo
gera a doença aterosclerose. O dano da função vasodilatadora endotelial e o
aumento da camada intíma-média (IMT) arterial estão associados com a doença
aterosclerose e foi o foco de estudo desse artigo, envolvendo adolescentes e
atividade física no tempo livre. Achamos interessante como o artigo trouxe a
avaliação arterial. Segundo o artigo, a dilatação da artéria braquial mediada
pelo fluxo (FMD), é amplamente utilizado como marcador da função endotelial.
Estudamos em Fisiologia do Exercício, que o endotélio, quando induzido, produz
um fator de relaxamento da musculatura lisa vascular, chamado fator relaxante
derivado do endotélio, ocorrendo então a vasodilatação.
Esse estudo
trouxe como diferencial a avaliação da aorta abdominal, no lugar da carótida. A
artéria carótida tem sido alvo de avaliação para mudanças iniciais estruturais,
porém estudos têm mostrado que as primeiras alterações morfologias na parede
arterial surgem na aorta abdominal (McGill, McMahan, Herderick et al.,
2000).
Já
se sabe que a atividade física melhora a função endotelial em adultos e
neutraliza a perda da função vasodilatadora. As crianças também são beneficiadas
pelo exercício. Esse estudo procurou então mostrar que a atividade física no
tempo livre tem um efeito favorável sobre a função endotelial e na progressão
da IMT da aorta em adolescentes saudáveis. Achamos interessante a metodologia
utilizada para avaliar esses adolescentes, tanto pela quantidade quanto pelo
tempo. Pois foram estudados quase 500 adolescentes aos 13, 15 e depois as 17
anos (com intervalo de dois anos).
Como
resultados, em relação a IMT aórtica, houve uma diminuição na progressão da
IMT, para aqueles que aumentaram sua atividade de tempo livre. Houve uma
manutenção para aqueles que se mantiveram ativos. Houve um aumento par aqueles
que tiveram sua atividade de tempo livre diminuída e um aumento para aqueles
que se mantiveram sedentários.
Em relação a FMD, houve um aumento da função
endotelial para aqueles que tiveram sua atividade de tempo livre aumentada.
Houve uma diminuição para aqueles que se mantiveram sedentários, e um aumento
(menos significativo) para aqueles que permaneceram ativos e que tiveram sua
atividade de tempo livre diminuída.
Como conclusão, então, segundo o
artigo, atividade física é favoravelmente associado com a função endotelial e
IMT em adolescentes. É importante ressaltar que um aumento moderado da atividade
física está relacionado com a diminuição da progressão da IMT. Um estilo de
vida fisicamente ativo parece impedir o desenvolvimento de alterações
vasculares aterosclerose subclínica em adolescentes saudáveis.
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